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O resultado do IDEB é mera consequência

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Em matéria e entrevista ao Bom Dia RN, InterTV Cabugi/Globo apresentei uma proposta

por Claudia Santa Rosa

O próximo ano teremos a Prova Brasil e em 2014 uma nova edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) será anunciada pelo MEC/INEP. O desempenho da maioria das escolas brasileiras não foi nada bom e o das escolas do Rio Grande do Norte foi desastroso. Nos casos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio a situação é ainda mais delicada, pois a média ficou estagnada num comparativo com a edição de 2009.

São pontuais as escolas potiguares que alcançaram média acima de 5.0, pontuação considerada no meio do caminho numa escala de 0 a 10. Esses resultados mais uma vez colocam o estado entre os piores do país.

Diante desse quadro, convém indagarmos: o que está sendo feito desde ontem para melhorar a Educação do RN, no sentido de, efetivamente, promover aprendizagens? Não é aceitável as medidas de véspera, oriundas do órgão central da gestão da educação, como se as escolas tivessem que, por algumas semanas, funcionarem a reboque da Prova Brasil. Insisto: um bom desempenho no IDEB é mera consequência de escolas que funcionam de maneira decente, como deve ser.

Nos últimos dias participei de uma reportagem da InterTV Cabugi/Globo em que pude sinalizar algumas propostas de alteração da maneira de organizar o currículo escolar, a metodologia, os espaços e tempos da escola, além da equipe docente. A ideia é concentrar disciplinas em áreas de conhecimento (ver slides da imagem que abre esta nota), transformar as salas de aula em oficinas, entre outras propostas para dinamizar a escola e a prática pedagógica.

Vale lembrar que a proposta para os anos finais do ensino fundamental também vale para o ensino médio, apenas alterando-se as atividades do tempo ampliado com oficinas de empreendedorismo e de profissionalização.

Nada, porém, trará os resultados se a escola não funcionar com regularidade, se a gestão não for eficiente e as famílias não acompanharem a vida escolar dos filhos. É preciso que se garanta, por exemplo, o quadro completo de professores, a frequência e pontualidade dos mesmos, materiais didáticos e tecnologias adequadas para a oficina de cada área de conhecimento. Biblioteca escolar funcionando com um bom professor mediador de leitura, é essencial. As escolas que saíram-se bem no IDEB sempre atribuem ao trabalho de promoção da leitura literária como sendo um dos ‘segredos’ para os bons resultados.



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